Supernova
[Verso 1: Maze]
Vou escapar da ilha, construir a ponte
Subir uma milha até ao topo do monte
Lá de cima eu vislumbro um novo horizonte
Corro livre pelo prado como um bisonte
Voam setas pelo ar, tentam-me atingir
Mas tenho novas metas, sim eu vou conseguir
Tu vais conseguir porque p'ra nós amigo
Não existe não consigo nem vou desistir
Vamos cortar os cordéis desses marionetistas
E deveras tomar rédeas das nossas vidas
Com o toque de Midas construir saídas
Das ruínas que impuseram às nossas famílias
Há idosos e crianças sem refeições
As vossas ações merecem crucificações
Somos a voz de comando de várias gerações
Com apetite voraz pelos vossos milhões
[Refrão: Elizabete Silva]
Tenho em mim todos os sonhos do mundo
Sente a luz, a tua aura
Liberta-te e acorda do sono profundo
Sobe a montanha, purifica a tua alma
[Verso 2: Fuse]
Acordei do sonho, a criança já não chora
O relógio já não pára, ainda tenho tempo
Acordei sem medo, empresta-me um isqueiro
Camião cisterna em direção ao parlamento
Nunca, nunca pares, nunca te cales, estuda
Punho fechado a quem diz que não vales, luta
Se tens noção da verdade, rimas ao som da verdade
Não tens metade da cara se não tens cara metade
Respeita a sorte quando a morte te chama
Não respeites só a vida quando a vida t'acama
Não desenterres o passado se o passado te enterra
Não caminhes sobre a água, mal-amado de merda
És arte sacra, sagrada a pegada que deixas
Se rastejas com orgulho nem a lama te pára
Fogo que não se vê, não se vê mas sente
Inspira fundo, levanta-te da câmara ardente
[Refrão: Elizabete Silva]
Tenho em mim todos os sonhos do mundo
Sente a luz, a tua aura
Liberta-te e acorda do sono profundo
Sobe a montanha, purifica a tua alma
[Verso 3: Mundo Segundo]
Pelo amor dos meus e com amor de Deus
Sinto o amor dos teus, sinto-me um semideus
Um dos como Mateus ou dos 47
Sublime chama-me Ronin, samurai sem mestre
Vivi o presente sem medo, a vida é com Sakura
Flui por pouco tempo, feliz o que aproveitará
Infeliz será aquele que se atravessará
Atreverá, no caminho do guerreiro não padecerá
A honra é a minha âncora, tenho raízes profundas
Uso palavras como sabres, decapito almas imundas
Nossa casa, a Terra, deve ser cuidada e protegida
Alimentada por um amor intenso e sem contrapartida
Leal ou ancestral, serei fiel ao desapego
Caminho em direção à luz se o futuro é negro
Defendo os meus parentes com unhas e dentes
Mesmo que ausentes, honrar os meus entes
Esse é o meu emprego
[Refrão: Elizabete Silva]
Tenho em mim todos os sonhos do mundo
Sente a luz, a tua aura
Liberta-te e acorda do sono profundo
Sobe a montanha, purifica a tua alma
[Verso 4: Expeão]
Vamos brilhar como estádios com holofotes
Iluminar as ruas com molotov
Descarregar palavras e mágoas com 8 estrofes
Com amplificadores com 5000W
De onde saem vozes como balas para porcos
Força para o povo, forca para os lordes
Ocupas em squats gritam auto-gestão
Gunas em spots apanhados com sabão
Depois de cães grandes terem lavado as suas mãos
Os reais inimigos tu nem sabes quem são
Palavras são lançadas tal e qual
Bombas de napalm quando tudo parece calmo
Demos os corpo ao manifesto por isto, eu não desisto, insisto
A nossa ira é como a raiva de Cristo
Incendiários, temos fogo na mente
E o exército do povo na frente
[Refrão: Elizabete Silva]
Tenho em mim todos os sonhos do mundo
Sente a luz, a tua aura
Liberta-te e acorda do sono profundo
Sobe a montanha, purifica a tua alma
Sobe a montanha, purifica a tua alma