Milhares

Tudo na vida eu vi
O que eu não vi, vivi
Foi quando eu percebi,
Que tudo estava em mim
Meus guerreiros onde estão
E o de guedes me dá o tom

Milhares, milhares de pessoas
Milhares delas como eu e você
Meu irmão á luz das trevas

Refrão

Milhares, milhares de pessoas, milhares delas
Como eu e você, o bem e mal
A luz e as trevas
Milhares, milhares de pessoas, milhares delas
Dentro ou fora da favela
Sorte e azar ascensão e queda

Negro x
Vidas passam por de trás do relógio
Incógnito, infalível e óbvio
É o tempo lógico
Que vem mais silencioso que o vento em código
Ensinando os que não aprenderam
Os que só focaram, sufocaram, incomodaram, invejaram,
Mas não acabaram
Com os que trabalharam
Os que não ficaram preocupados com os que falaram
Que todas às vezes se contradisseram e se calaram
Na curva do mundo ouvirão
O sentido de mil gritos em reação, e assim
E assim tocarão os sinos, os sinos pequeninos, os sinos de Belém
Já nasceu Deus menino para o nosso bem
Porém, sem pérolas ou diamantes
Que se tornam dinamites nas mãos de homens ignorantes
Choram inocentes
A fúria de mentes doentes
Então evolução, progressão
O negro andarilho não tomba, foge, anda
Para longe das sombras, a luz abranda
Vem em rimas que o futuro canta
Faz viver, faz crescer o menino
Fazendo com que seu sonho seja mais bonito
Como um lindo dia de sol em qualquer domingo
Assim poetizou Quintana, mansinho, bem pianinho
Eles passarão Negro X, nós, nós passarinho

Gibbs
Rugas no rosto vida de poucos prazeres um paradoxo
Gravata, cifrões ilícita luxuria
Sorriso maroto, perfeita armadilha infiel e feminina
Precocemente nas esquinas da vida
Menina mulher destemida, o frio a chuva fina
Cigarros nos dedos, olhares, buzinas
Discriminadas, dispostas a pagar a pagar o preço
Desta suposta vida fácil aos olhos dos outros que não são poucos
Hipocrisia generalizada, butecos lotados
Crianças obrigadas a financiar a cachaça da mãe ou do padrasto
Não tem carinho, é espancada, vida sádica
2.0.0 tantos é difícil prever melhorias
A chama viva da fé ameniza, alivia
Que deus permita que a ajuda não seja tardia
Olhai por nós pecadores, crias egoístas

Refrão

Baze
Meus olhos refletem e brilham a luz do V.T
Carregado de ódio ou amor áspero por que
Pelo que vê em quem crer
Quem sabe é quem faz
Quem inveja que ser
7 pecados capitais, afundam dominam eu e você
Maldade nos atos que visam à prosperidade dos fatos
O que é bom vai no céu e volta estrela cadente
Deseja o mal não se importa
Bate e volta no inferno inércia decadente
Pessoas roubadas, traídas, injustiçadas
Famílias formadas, crianças deixadas no tempo
Roupas surradas, por deus inocentadas
Por homens crucificadas
No mundão...Rotuladas, largadas, cobradas,
Por tudo ou por nada
Guerreira, medrosa, bastarda, bandida, abobada, adorada
Menosprezada, felicidade estampada, a gota corre na face
Foi só um beijo da pessoa amada
Atropelada, caída, deixada jogada
Quantos segundos ou centavos desperdiça pra ajudá-la,
Malcriada, adorada, fiel ou depravada
Rotulada, por muitos amada por tantas odiada
Deixada, acolhida, mal remunerada, desejada, descriminada
Parceira de fé, vampira, esquisita,
No baile, no bar, dançando de canto, ou brigando na pista
Flagelada no tempo no vento testada
Muitas vezes a Deus dará, na prece na bíblia,
No santo no anjo ou no radinho de pilha
Com a força das mãos calejadas,
Juntando o papel o picão a enxada
Felicitada, acolhida, ajudada,
Ou simplesmente o mais óbvio,
Deixada jogada, sem era nem beira, sem chão sem carreira
As que pensam no certo e as que só fazem besteira

Refrão

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