Coelho
Eu durmo à sombra da noite
Respiro a sua frescura
O silêncio das luzes ao longe
Abafam o ruído do monte
E relva molhada e suja
Por baixo das minhas patas
A natureza celebra no escuro
Não há nenhum homem por perto
Ainda meio adormecido oiço as suas cantigas
Naquele momento não há mágoa nas suas vidas
E relva molhada e suja
Por baixo das minhas patas
Acordado observo o voo dos pássaros
De noite eles voam mais alto que nunca
Se não fosse pelas nuvens que quebram o seu caminho
Eles nunca, nunca cairiam