Pelos Trilhos da História, Engenho de Dentro de Lutas, Batuques de Glórias
Bate o pé no chão, ritual que bota-fogo
Ilumina a aldeia é batuque ancestral
Lusitana ambição dobrou tupinambá
Sangrou sagrada terra a explorar
Nativa herança viva em cada olhar
Chegou escravizado pelo opressor
Adoça o chicote do feitor
A pele preta e o ouro branco
Recolhe o pranto que o canto ecoou
No engenho, dissabor, lá na serra, liberdade
Patacori ogum seu povo é de axé é africanidade
Oh, casa-grande e senzala
Que trilharam a estrada para nascer a estação
Oh, com suor e sacrifício
A nobreza e o rebuliço de uma falsa abolição
De um passado que ficou para trás
Mas o poder do tempo não desfaz
As memórias desse meu lugar
Sonhos, histórias de superação
Lutas e glórias, clamor, devoção
Boemia a luz da lua
Confete e serpentina pelas ruas
Ouço ao longe
No Nilton Santos explodir o sentimento
A minha morada, o meu grande amor
Engenho de dentro
A nossa estrela para sempre vai brilhar
O sangue não nega a nossa raiz
Sou Botafogo Samba Clube a desfilar
Eterno reduto de gente feliz