Mulher fingida
Por uma mulher fingida
Perdi a tranquilidade
Ela me cravou um espinho
Com a sua falsidade.
Como são negros os dias
Sem a luz do seu amor
E as noites são tão frias
Por faltar-me o seu calor.
E ao cair da tardinha
Sento na beira do rio
Fico a pedir que as águas tragam
Essa ingrata que fugiu.
Volto prá dentro do rancho
Na esperança que ela volte
Mas está tudo tão quieto
Como é triste a minha sorte.
E dizem que o tempo apaga
A traição de um amor
Mas cada dia que passa
Mais aumenta a minha dor.
Já não tenho mais sossego
Passo os dias a chorar
Pois me dói tanto na alma
Que não posso mais suportar.