Tromba de Elefante
Não quero comandar nenhuma revolução
Nem ser rebelde de butique pra fazer malcriação
E Deus me livre dessa vanguarda
Que logo entrega a retaguarda
Pro primeiro Zé que aparecer
Hoje até o instinto é tão programado
Que eu fico transtornado
Perguntando se já posso lhe beijar
Mas se eu resolver ficar calado
Por uma nova estratégia de mercado
Pode ser que jamais eu vá lhe faturar
Pois cada cabeça falante
Tem sua própria tromba de elefante
Pra lembrá-la de sempre olhar pro chão
E como a burrice é crônica e a mídia eletrônica
Raciocínio só por falta de opção.
E dá-lhe aeróbica na academia
Você vira a noite, passa o dia só fazendo flexão
Mas quer ficar malhada pra dançar lambada
E essa vidinha besta desgraçada
Parece não ter prazo pra acabar
Me disseram que eu tomasse mais cuidado
Com pessoas do meu lado querendo me derrubar
Mas no jogo dos ratos, malandro é o gato
Que pega pelo rabo e vai comer no mato
E depois você ainda tem que ouvir o bicho arrotar