A Minha Pele Me Basta
Às vezes sou
De uma carência canina
De uma urgência gritante
De um respirar vacilante
Eu sou a hora e o tempo
Não sou de agora
Estou sempre em movimento
Vejo as minhas vestes, uma fantasia louca
Mas repare bem, eu nunca precisei de roupa
A minha pele me basta, sou a minha própria viagem
Vagueio as minhas entranhas numa melodia forte
A morte não é jeito para as coisas incessantes
Um vagabundo errante me contou uma história
Que ser gente e se transformou em mais um inocente
Que mundo é esse em que os Loucos são os que mais sentem?
Que mundo é esse em que ser livre é tão indecente?