Lenda Amazônica II

A Vitória-Régia

Há muito tempo atrás, havia uma tribo que acreditava que a lua, na verdade, era um grande guerreiro, forte e valente que brilhava sempre que vencia uma guerra.
Os índios também acreditavam que, ao morrer, suas almas se transformavam em estrelas e brilhavam no céu junto com o grande guerreiro.
Uma bela índia chamada Naiá, filha do cacique, de tanto ouvir as histórias da tribo, acabou se apaixonando pelo guerreiro da lua. Todas as noites de luar, a índia clamava para que o seu amado a buscasse para levá-la ao céu e a transforma-se em uma bela estrela, para juntos viverem sua paixão. Mas o pedido nunca era atendido.
Um dia, Naiá estava à beira de um lago de águas calmas e profundas. De repente, a índia viu refletida no meio do lago, a imagem da lua. Achando que o guerreiro havia descido do céu para buscá-la, não pensou duas vezes, e se atirou no lago.
Naiá acabou se afogando nas águas do lago. Comovido com o amor da bela índia, Tupã, o deus da criação, decidiu transformar Naiá, não em uma estrela do céu, mas na estrela das águas, Arati-Uaupé...A vitória-régia.
E é por isso que até hoje a vitória-régia abre a sua flor nas noites de lua cheia, para contemplar a luz do guerreiro.

Acompanhe essa lenda na seguinte toada do Boi Caprichoso:

* Vitória Amazônica

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