A Batalha dos Três Exércitos
No rio, luar
Implacável Wayana a lutar
Escudo, é lança, é flecha
Apalai o ataque espreita
Coio de limo borbulhando sangue frio
O aningal canibal vigia a presa
No lago vivo olhos de fogo prenunciam
Redemoinho de medo
Ataca Wayana, ataca Apalai
Pela terra!
Pele de couro, espinho de tucum
Escama, cipó letal, açoite humano
Negra, brutal, atroz
Marca, sinais, pintura primitiva
Rugido da fera, selvageria
Crânios no teu colar choram
O voo do arauto sela calafrio
O grafismo ilumina o corpo
É fogo que arde peçonha corrói
Duas cabeças vão te devorar
Levanta Wayana!
Os tambores de guerra vão tocar
(Toca o tambor, toca o tambor)
As igaras armadas avançar
Borduna de pedra no ar
(Chuva, ferida, feroz)
Os filhos de Kuyuri
(Os filhos de Kuyuri)
Na luta cruzada
No tribunal das águas
É garra, presa, fúria
É esturro de Tuluperê
É tocaia de mil botes é Tuluperê
Clareia a bela (pele da besta fera)
É teu destino (Wayana-Apalai)
É garra, presa, fúria
É esturro de Tuluperê
É tocaia de mil botes é Tuluperê
Clareia a bela (pele da besta fera)
Teu desatino, garra dilacera