Barco de Papel

Marlipe / Pandiá / Reinaldo Queiroz

Meu grande amor somos dois barcos tristes,
Que navegamos sempre em ondas fortes,
Porque seguimos rumos diferentes,
Um vai pro sul e o outro vai pro norte,
Pra onde vamos nao existe porto,
Pro mar da vida somos clandestinos,
Dois condenados a morrer de amor,
Na tempestade do fatal destino,
Dois condenados a morrer de amor,
Na tempestade do fatal destino,

Estou perdido e voce tambem,
Estamos os dois a chorar de saudade,
Nao adianta navegar pra longe,
Se está tao perto a felicidade,
Estamos presos pelo compromisso,
que a propria honra obriga a cumprir,
Mas, que os nossos coraçoes desejam,
Os nossos lábios nao podem pedir,
Mas, que os nossos coraçoes desejam,
Os nossos lábios nao podem pedir,

Nas minhas noites de cruel revolta,
Sinto por dentro um coraçao que chora,
Mas, o relogio do tempo marcou,
O nosso encontro tao fora de hora,
Me vi perdido pelo mar da vida,
e enfrentando a onda cruel,
Jamais iremos alcançar o porto,
Porque o nosso barco é de papel...
Jamais iremos alcançar o porto,
Porque o nosso barco é' de papel...

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