Por do sol
Vai subindo o prato vermelho
Como o fogo do inferno
Vai levando o calor desta vida
Claridade dos meus olhos
E no roxo de seu rastro
De um vermelho que morre
Foge o sol que era vida clarão
E o azul céu do meu sertão
Tem gente guardando os porcos
Barulheira de galinha
Farelo pelos cantos
Milho verde na cozinha
Patrão quer mesa posta
Como sempre na noitinha
Menino querendo dormir
No colo da velha preta
Canta o grilo e o sapo na logoa
O filho do capataz namora a filha da patroa
E na fila de cerrado ele encerra seu amor
Eh eh por do sol
Eh eh por do sol