Setembro
Vim dar um passeio para o sul do país
Deixei-te em Lisboa, mas não porque quis
Saber que te soa esta valsa que eu fiz
Há-de ser coisa boa, sou eu quem to diz
Mandei vir o saber de Paris
Escrevi-te uma carta de coisas de amar
Se não for entregue, não me vou desculpar
Porque o dom que consegue esta valsa a soar
Não és tu quem mo negue, não, nem quando eu voltar
Quando abrires os teus braços, nada disto já vai importar
E quando o sonho saciar vou fazer de tudo para acordar
Às vezes eu sinto uns fantasmas por perto
Ao entardecer e com o meu rulfo aberto
Faço para te prender esta valsa que é certo
Mais que para te vencer, é para ver se desperto
Lembras-me em todas as coisas de cá
E a cada passo eu me passo para lá
Mas então o que eu faço é valsar isto em fá
Para te ter num abraço que Vênus não dá
Quando o verão acabar e nós dois for só tudo o que há