Discos Do Sérgio Godinho
[Verso 1]
Só me mostravas discos do Sérgio Godinho
Dominavas o glossário daquele verso irregular
Para o santuário trazias moços e vinho
Vinhas com a viola ao ombro para poderem cantar
A liberdade está a passar por aqui
E agora é hora de eu te a dar a ti
Pedi-te a viola falei-te na minha escola
Que é nula e não rula a não ser para mim
E preparei-me para cantar
Pus o capo no lugar fiz questão de me levantar
Dei corda a unha dei corda à composição
Mesmo sabendo que tu não gostavas da canção
[Refrão]
Eu também sei escrever para te cantar assim
Com o verso enfim quebrado quase falado
Eu também sei escrever para te cantar assim
Com medo de guardar segredo quando o verso é mal cantado
[Verso 2]
Senti-te a falta quando seguiste caminho
A cama fria o meu cantinho a ver a solidão ficar
No quarto a viola de fininho
Vai guardando cada letra que eu recuso cantar
E a liberdade já passou por aqui
Mas estava mal ensinada quis salvar-te só a ti
Pediu-me a viola para eu lhe passar a bola
A vida crua de rua estava a levar-me ao fim
Não tendo nada para dizer pus a cadência a tocar
Deixei o fado falar
Dei corda à unha dei unha à corda solta
Canções hão-de sair mesmo sem te trazer de volta~
[Refrão]
Eu também sei escrever para te cantar assim
Com o verso enfim quebrado quase falado
Eu também sei escrever para te cantar assim
Com medo de guardar segredo quando o verso é mal cantado
Eu também sei escrever para te cantar assim
Com o verso enfim quebrado quase falado
Eu também sei escrever para te cantar assim
Com medo de guardar segredo quando o verso é mal cantado