Feira Livre
Rildo Hora / Sérgio Cabral
Feira livre
A mercadoria
A vista do fregues
Quem quiser legume
Vai ter prá todo mes
E a dona Xepa
Com sabedoria
Inda dá de quebra
Amor e valentia
Com qualquer tempo já de madrugada
Arma a barraca prá vender na feira
Tomate graudo maxixe quiabo cenoura e macaxeira
É pai e mãe de amor bem profundo
De dois rebentos que botou no mundo
A vida deles há de melhorar
Dona Xepa
É tinhosa vai brigar
Pois o trabalho
Quase não lhe cansa
Nem mesmo a lingua lá da vizinhança
Ela trabalha até se arrebentar
Dona Xepa não vai descansar
O filho doutor
Fazendo carreira
A filha vivendo
Bem longe da feira
Um sonho dificil
Que coisa mais bela
Parece enredo de uma novela.