Óbitos
Péricles Cavalcanti, Arnaldo Antunes
[Letra de "Óbitos" com Arnaldo Antunes]
Eles não pegam em armas
Só em canetas e papéis
Mas matam mais com suas leis
Que atiradores cruéis
Estatutos de escorpiões
Despachos de cascavéis
Cobertos de suas razões
Dos cabedais até o pés
Óbitos óbitos óbitos
Cada vez mais
Óbitos óbitos óbitos
Nunca é demais
Assinam assassinatos
E deliberam as guerras
Exercem os seus mandatos
Alimentando misérias
Lágrimas lágrimas lágrimas
Cada vez mais
Lágrimas lágrimas lágrimas
Nos funerais