Banana-da-terra
O meu coração se encheu de alegria
Quando na ala da boêmia te conheci
Eu te entreguei poesia e, toda alegria que emana
dos Orixás.
Você me vestiu de malícia com luxúria e cobiça
me cegou de paixão.
Assim eu fui tecendo a ruína
com brocados doirados, brilho e confusão.
Foi me seduzindo com seus tesouros:
um dente de ouro, um feixe de notas de cem.
No samba me fez sua musa
Bebericando a cerveja debaixo dos olhos de Pai Vavá de Bessém.
Na passarela do samba exalou o perfume
a beleza e a magia das almas que costurei
E, se perdeu na agonia, afundou na fantasia
das gentes que enganou
Desesperada atravessei o samba de bamba
Amarga de desilusão
Amanheci na sarjeta,
Perdi meu barracão.
Agora vivo distante
numa tristeza constante
Longe dos olhos bondosos dos filhos Orí