Fim de Tarde

Ela olhava da janela
Ventania e folhas secas
O amargo de um cajueiro
Sobre a grama desbotada
Sete dias na semana
Debruçada em seu abismo
Que fazer da liberdade?
Ir e vir, pra quê? Pra onde?
Nada que fosse diferente
De outros intermináveis dias
Um fim de tarde que se morre
E se vai se rindo da gente
Um fim de tarde como um rosto de mulher
Ah! Mocidade que anoitece se quiser
Olha! Que a lua se renova quando quer
No mesmo céu onde uma estrela cai
Tão displicentemente e bela
Céu de uma só estrela
Que se apaga em noite cigana
Quando a natureza é morta
Renuncia a eterna chama
Ah! Mocidade que se abandona
Sobre alinha do horizonte
Longe o sol também se esconde
E faz promessas de um novo dia

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