Urbanóide
Inverno verão primavera
A vida que bate a vera
Tem coisa que a gente não espera
Só o destino revéé
Não me leva a mal
Só me léé
Pra algum lugar
No meio da séé
Esse cinza não me eléé
Desculpa reléé
As vezes faço méé
Hoje eu vivo a vida leve
Larguei o peso
Desde que papai foi preso
Nao fui mais o mesmo
Virei ateu
papai morreu
Em uma céé
Dentro do presídio
Segurança máxima
Teve um fim cláá
Terceiro mundo
é o mundo jurássico
As vez acho máá
Essa violência
Nem deus tem clemência
Tenha paciência
Sem verba pra ciência
Eles querem violência
Raios violetas
Não gosto dos caretas
Em carreatas
Não me de a pata
Te do uma patada
Cinza fumaça
Chumbo nos playba
Essa fiz com raiva
Lobo que morde não uiva
Um tapa de luva
Fazendo a curva
Rima diluída
Não é suco de uva
O gosto da fruta
O beiço lambuza
Te sirvo a cambuca
Tapa nas costa
Não e tapa na nuca
Vê se me escuta
O silêncio refuta
Minhas ideia
Cai na loucura
Zangão sem colmeia
Artista sem plateia
Mas não vendo placebo
Não precisa te medo
Eu sou oque escrevo
Junto com oque vivo
De nada vale
Se nada tem vida
Palavras ao vento
Cansei de mentiras
Sai da minha mira
Ela não erra
Olho de Tandera
Abriram Pandora
Mataram gaya
Cai da gaiola
essa história
É pela memória
Dos meus que se foram
Os teus que se fodam
Eles que se explodam
Fogo no planalto
Cos pé na planície