O Encontro: As Duas Graças
Quando as duas raparigas
Cruzaram o seu caminho
Vinham perdidas de riso
Entre a graça das amigas
Ele, que vinha sozinho
Ficou bastante indeciso
Parou p’ra melhor as ver
E, nesse olhar reparando
Pararam elas também
E, se uma era fogo a arder
Pois a outra, em lume brando
Queimava como ninguém
Loira uma, outra morena
Uma acendia desejos
Na outra havia mistério
E, enquanto da mais pequena
Queria abraços e beijos
Com a outra o caso era sério
Ao pé delas tarde fora
Dessas duas raparigas
Foi só uma que escolheu
E quem se riu chora agora
Pois entre invejas e brigas
Quase tudo se perdeu
E hoje chegou a hora
De vos contar as intrigas
Porque a escolhida fui eu