Desatando um Nó

Aggeu Marques

Esta eu fiz pra quem já não quer mais saber, de dividir o espaço com outro alguém,
Que pensa que sozinho é bem melhor, talvez quem sabe no ano que vem?

Eu sei muito bem o que é a solidão, observando as horas a passar,
Já não quero nem pensar mais nisto não, o tempo foi e eu não quero voltar.

Pras noites que fiquei tão só, enfim, da garganta desatar um nó,
Que só me dá quando me lembro da distância
E do tempo que eu deixei passar, sem ter ninguém pra amar.

Já que a sua vida não te satisfaz, perdeu o tesão de conviver de vez,
Não vale a pena nem olhar pra trás, e retomar o que de bom se fez.

Acontece que por sorte, meu irmão, a vida corre sempre ao seu redor,
Há sempre alguém nesta situação, este caminho eu já sei de cor.

Pras noites que fiquei tão só, enfim, da garganta desatar um nó,
Que só me dá quando me lembro da distância
E do tempo que eu deixei passar

Não acredito em se viver assim
Sem ter ninguém pra me acalentar,
Naquelas horas quando eu quis meu fim
Foi no meu bem em quem pensei pra amar

Nas noites que fiquei tão só, enfim, da garganta desatar um nó,
Que só me dá quando me lembro da distância
E do tempo que eu deixei passar, sem ter ninguém pra amar.

Das noites que fiquei tão só, enfim, as lembranças já viraram pó,
E hoje em dia já não penso na distância
E no tempo que eu deixei passar

Não acredito em se viver assim
Sem ter ninguém pra me acalentar,
Naquelas horas quando eu quis meu fim
Foi no meu bem em quem pensei pra amar

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