Fogo Manso
Afonso Cabral
[Verso 1]
Torna-se como um descanso que desejo
Quando volto, quando volto a casa
Fogo manso que me aquece como aquece o sol
Entra pela janela adentro
[Verso 2]
Porque a solidão paciente
Espera por nós
Escondida no frio
Da nossa indiferença
Da falsa certeza
Este abrigo só nos tem
Se lhe dermos respeito