A Lua, o Sol e o Sul
O inverno inverte a invenção de novos hábitos
Eu sigo quente, firme e forte como o sol
No ocidente, o sul, somos os novos nórdicos
Eu to no frio, fumando um crivo e vendo a lua
Ela nunca vai ser sua e nem tão pouco minha
Ela é parte do universo e nem quis saber
Fazem muitos invernos que to
Tentando te entender
Por que que tu fica mais linda no frio e porque sempre quero te ver
Pode ser que eu fumo demais
Pode ser que ela me traz paz
Porque que ela é luz no breu
E sem luz eu não sou nada
Eu vou voltar pra dentro de casa
Vinho tampa roxa entre duas taças
Na TV toca Calle 13
Bronzze, Djonga e Braza
Eu já deixei pra amanhã
O que era pra ter feito hoje
Refem da procrastinação
Que me ganhou hoje, mas só por hoje
O inverno inverte a invenção de novos hábitos
Eu sigo quente, firme e forte como o sol
No ocidente, o sul, somos os novos nórdicos
Eu ando sem dinheiro e eu vou viver de arte
E é de manhã que eu sou criativo
Parece que o sol renova os ativos
Tomando café, calculo os passivos
Que concebi por ser excessivo demais
A luz do dia também me traz paz
Esqueço dos dias nublados
Eu só funciono naqueles dias ensolarados quentes
Porém no inverno nem sempre é tão quente
No lado sul do Equador é bem diferente, tudo é diferente
E eu não tenho sangue dos que chegaram de Galeão
Tenho minhas veias formadas na America Latina pique Eduardo Galeano
Lavo a louça, cálculo meu plano
Um frio da porra, bora que vamo
Pra conquista tem hora nem ano
E só conquista que ta trampando
A lua me traz energia e o sol bom dia
Bom dia, bom dia, bom dia
A lua me traz energia e o sol bom dia
Bom dia, bom dia, bom dia