Manifesto

Abel

Famílias tão se diluindo, é Pai que vai embora,
Não aprendeu com o seu pai, e a vida é dura agora,

só resta a mãe, natureza sendo agredida,
E a dependência, a inocência perdida.

A gente sabe viver, conviver…
Mas não é isso que a gente vê, na TV

Páááhh, lá vem mais uma bala,
vem bem orientada, pra acertar a criança de uniforme e mala,

O que é que estamos esperando? Hein
descontroladamente num remédio controlado pra ficar Zen

O que é que estamos esperando?
O que é que está faltando? Eles falam falam falam, to falando

Refrão
Avançar, invadir, transformar.
O que?
O que é que estamos esperando?

Olha só que mundo torto,
O pai não troca uma fralda, não visita o filho, aí opina sobre aborto

Não é questão se ela faria ou não faria,
olha josé, homem responsa não abandou Maria

Que mundo loco debaixo do céu,
Se a cada gravidez inesperada aparecesse um anjo Gabriel

tu é responsável por aquilo que fecundas,
então mano, fale menos e faça bem mais o seu papel.

Falar é fácil, até o papagaio fala,
diante da injustiça, quantas vezes Nossa voz se cala?

Se o Haiti não é aqui, nem Senegal
Onde cê tava pra dizer pro português: aqui não é Portugal

O silêncio perante o mau é mau também,
pecado não é só fazer mau, é não fazer o bem

Quanta ignorância quanta arrogância,
onde mora o amor não hospede a intolerância.

Refrão
Avançar, invadir, transformar.
O que?
O que é que estamos esperando?

Ainda há tempo de dizer eu te amo, de pedir perdão, de estender a mão, e de reconhecer que: às vezes voltar atrás é seguir em frente. Já dizia o poeta que só o amor constrói pontes indestrutíveis, INDESTRUTÍVEIS, e Deus é...

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