Olhares
Procurando minha carteira
Pra ver se dava pra achar
Não tenho cash, e sexta feira
Pérolas quero encontrar
Fiz um silêncio,
Tão profundo, imundo,
Rimas dividindo o mundo
Entre meu ego e o indivíduo mais oculto
As vezes fico puto
Luto e tudo,
Eles manipulam tudo,
Sempre que eles podem seu palavreado e chulo
Abaixa essa cabeça
Hoje o prêmio, eles vão dar,
Pra quem cortar ela primeiro
Escondesse, vão te achar
O olhar habita a intenção
Do MC, de computador
Mais sua vivência e meio zero
E seu olhar ninguém habitou
O medo, desceu nesses poros
Correu nessas veias, tipo teias
Se prendeu no crime,
Que ninguém suspeitas
Aceitas, meros versos
Meras frases,
Alguns versos no deserto
Icebergs nesses mares
Flagra a cara dela
Simples dose desde o início
Conversando com o copo
Eu não uso rimas de artifício
Eu faço meu ofício
Eu exerço minha profissão
Não me para,
Que essas porradas levam mágoas e decepção
Calma cara,
Lembrei de um finado que fala
Aceita sua derrota
Ou morre na praia ladrão
Perfeito igual um domingo
Clássico igual sabadão
Com a pureza de janeiro
Igual animal em extinção
Rasgando o céu
Como se fosse um avião
Me para, comédia
Eles dão falha eu faço a conclusão
Tinta no papel
E a caneta na cachola
Mandado,
Igual o Renault que antes era o gol bola
Otários beijam sola
Vermes tão na cola
Esquece o ciclo vicioso
Bate a meta e comemora,
Eu sou peto pra crl
Pra tia esconder o relógio
Eu sou, pobre pra crl
Pra essas festas de playboy
Mente visionária
Só embarque, entao enjoy,
Com o coração de lata
E o meu verbo feroz
Eu sou, rápido algoz,
Sou tipo um animal veloz
Que quando penso logo falo
E nunca deixo pro após
Tá sem dinheiro mano
Vá de calote express,
Sabadão eu tô na lapa
Com os irmão, relaxxx
Escaldado com os barulho
Sob a garoa fina,
The vila valq street
A noia de Huá surdina
Keta ketamina,
Dá um gole pra essa mina
Só pra suportar o tédio
Da madruga entre as esquinas
Cidade infestada
Pelos rato mais ligeiro
Nos e cria, nos e praga
Abriram a tampa do bueiro ...